Perfil Profissional

Curitiba, PR, Brazil
Administrador de Empresas com mais de 18 anos de experiência em cargos de gestão em grandes empresas nacionais e multinacionais, responsável pela gestão de equipes multi-funcionais, abertura de carteira de parceiros de negócios nos segmentos de Serviços e Comércios Varejista, Atacadista e Distribuidores, com alcance nacional, tendo negociado diretamente com grande número de empresas nestes segmentos. Comentarei neste blog notícias que possam interessar aos profissionais da área comercial, assim como eventuais oportunidades de negócio e tendências nos segmentos de Telecom e Varejo.

sexta-feira, 4 de março de 2011

Quando mudar de cidade por causa do trabalho

Quando mudar de cidade por causa do trabalho

A disponibilidade para mudar de cidade está virando pré-requisito em empresas. Veja o que pesar se receber um convite

Renata Avediani (undefined) 11/11/2009

Crédito: Claudio Rossi
Luis Bettanin, 43 anos, gerente da Pepsico: conviver com uma cultura diferente ajudou a crescer na carreira - Crédito: Claudio Rossi
Luis Bettanin, 43 anos, gerente da Pepsico: conviver com uma cultura diferente ajudou a crescer na carreira

Ser nômade virou competência. Muitas companhias têm projetos de expansão em mercados menos explorados fora das regiões Sul e Sudeste e estão procurando profi ssionais para ocupar postos nesses lugares. A prioridade é para pessoas que aceitam mudar numa boa. Isso cria uma questão de carreira: vale a pena ser um profi ssional mochileiro? Talvez sim. As empresas não estão apenas atrás de um pioneiro que leve o conhecimento da organização a lugares distantes. Muitas vezes, por trás do convite de transferência está uma intenção de desenvolver o profi scarreira sional. Uma análise da Hewitt, consultoria de recursos humanos, com 107 empresas da América Latina mostra que 79% delas consideram a disponibilidade para mudar de cidade um fator importante para o desenvolvimento de líderes. “Por causa dos custos, hoje as movimentações são mais criteriosas do que no passado e as empresas escolhem as pessoas nas quais querem realmente investir”, diz Thais Blanco, consultora sênior da Hewitt.

EXPERIÊNCIA ACELERADA
Na Pepsico, múlti de alimentos e bebidas, é comum a movimentação de profi ssionais tanto entre regiões brasileiras quanto para as 200 subsidiárias no exterior. A mobilidade faz parte do programa de desenvolvimento de carreira da companhia, já que aprimora competências como relacionamento interpessoal, atuação em diferentes mercados, conhecimento sistêmico do negócio e respeito à diversidade. “Com a transferência, que dura em média três anos, aceleramos o amadurecimento do profi ssional e, dependendo do desempenho, automaticamente oferecemos responsabilidades maiores”, diz Simone Karpinskas, gerente de desenvolvimento organizacional e educação corporativa da Pepsico. O engenheiro Luis Bettanin, de 43 anos, gerente de manufatura para a divisão de salgadinhos da Pepsico, é um desses casos.

Em 2005, quando era gerente de produção da fábrica de Itu, em São Paulo, Luis foi escalado para montar a primeira planta da companhia no Nordeste. “Apesar da insegurança natural, nem pensei em recusar, porque entendi que a empresa estava apostando em mim”, diz. Depois de negociar a mudança em casa, Luis foi com a esposa e o fi lho, de 1 ano, para Recife, em Pernambuco. No começo, estranhou a cultura. “Cometi alguns erros até aprender que havia diferenças, como o melhor modelo de contratação e a forma mais efi ciente de motivar as pessoas”, diz. Dois anos depois, Luis voltou para Itu com uma promoção. Hoje, vive na estrada para gerenciar as três fábricas pelas quais é responsável, fora as visitas periódicas à sede em São Paulo. “A experiência me ensinou a observar as motivações de cada um e hoje isso me ajuda a gerenciar as minhas diversas equipes”, diz.

DÁ PARA RECUSAR?
No mercado, nem sempre a vontade do funcionário prevalece nessa hora. Muitas vezes, o convite não é realmente opcional, e recusar pode fazer mal para a carreira. Mais do que soar como falta de comprometimento e restringir o aprendizado, a recusa pode limitar o crescimento na companhia e, em último caso, chegar até a demissão, já que o que está sendo dito nas entrelinhas é que a empresa confi a no seu trabalho e conta com você. “Negociar benefícios com a mudança faz parte, mas as empresas estão bem menos tolerantes com as recusas, especialmente quando a mudança é no próprio país”, afi rma Thais, da Hewitt. Antes de dar a resposta fi nal, portanto, é preciso avaliar o momento de vida atual. Pergunte-se: “Hoje, minha prioridade é me desenvolver, ganhar dinheiro, crescer na empresa, ou dedicar mais tempo à vida pessoal?”. A resposta é que deve nortear a sua decisão. Um profi ssional solteiro pode ter aspirações diferentes de outro que acabou de se tornar pai. A partir daí, faça suas escolhas e boa viagem.

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