Perfil Profissional

Curitiba, PR, Brazil
Administrador de Empresas com mais de 18 anos de experiência em cargos de gestão em grandes empresas nacionais e multinacionais, responsável pela gestão de equipes multi-funcionais, abertura de carteira de parceiros de negócios nos segmentos de Serviços e Comércios Varejista, Atacadista e Distribuidores, com alcance nacional, tendo negociado diretamente com grande número de empresas nestes segmentos. Comentarei neste blog notícias que possam interessar aos profissionais da área comercial, assim como eventuais oportunidades de negócio e tendências nos segmentos de Telecom e Varejo.

quarta-feira, 11 de maio de 2011

Meu chefe é mais novo que eu - Bernt Entschev

Considero imaturo ainda dizer que é uma tendência, mas há cada vez mais jovens assumindo cargos de liderança dentro das organizações, tendo sob suas tutelas profissionais mais velhos. E dá para entender porque algumas dessas pessoas que se encontram liderados por jovens não encaram de forma natural essa realidade. É que para muitos desses profissionais mais velhos, é praticamente inaceitável admitir que alguém que não tenha “calos nos cotovelos” possa comandar uma equipe tão bem quanto eles mesmos se julgam capazes de fazer.
Repare que eu prefiro chamá-los de profissionais “mais velhos” do que “maduros”. A verdade é que maturidade não está diretamente ligado à idade. Conheço jovens que pensam e agem com uma maturidade que muitos quarentões e cinquentões não possuem. E é aí que mora o maior preconceito com os jovens líderes que abocanham vorazmente o mercado. Seus subordinados mais “experientes” não lhes dão o devido crédito e voto de confiança, simplesmente por entenderem que alguém que mal entrou no mercado de trabalho possa assumir algumas responsabilidades.


Experiência e vivência, porém, são situações que variam de indivíduo para indivíduo. Não há regras e, mesmo que houvesse, para toda regra há exceções, não é mesmo? Existe jovens que enfrentaram situações realmente atípicas ao longo de sua vida (pessoal e profissional), o que lhes confere uma real capacidade resiliente, de decisão e de jogo de cintura. Três características pertinentes a um bom líder. Aliás, eu diria que liderar pessoas mais velhas que si próprio é, na verdade, mais um grande desafio. Não podemos negar que alguém com dez, vinte anos a mais que nós mesmos, certamente vivenciou mais situações que nós mesmo. O que, volto a dizer, não é sinônimo de preparo para assumir alguns desafios, como o da liderança, por exemplo.



Liderança é uma qualidade nata, porém pode ser adquirida através de estudo técnico, teórico e, principalmente, do comportamento humano. Sem contar, é claro, das experiências adquiridas ao longo dos anos.



Acredito de fundamental impor­tância que nós, profissionais mais velhos, experientes e maduros, saibamos encarar o movimento que o mercado de trabalho vem fazendo. Temos conhecimento e não há porque não dividirmos com os jovens que estão por vir. Aceitar que eles também podem ter o domínio de determinadas situações e conhecimentos é um dom para poucos. E, na maioria dos casos, é preciso passar por cima do orgulho, tendo humildade suficiente para aceitar que o líder é mais jovem que nós mesmos. Até mesmo porque, infelizmente muitos desses profissionais acabam sendo acometidos por crises ferrenhas de inveja e frustração.



Por outro lado, o jovem líder também precisa fazer sua parte, dominando muito bem seu próprio ego, já que pela pouca idade, ele pode se perder em meio à própria arrogância, autoritarismo e impaciência. Essas são características da geração que vem tomando conta do mercado e dando o que falar, a geração Y. Imediatistas, raramente sabem lidar de uma forma muito inteligente com o tempo natural das coisas. Por outro lado, são profissionais altamente flexíveis, dispostos a encarar mudanças e grandes desafios. Não se abalam facilmente e possuem total comprometimento com resultado: o sucesso da empresa é o sucesso do seu trabalho e, consequentemente, seu próprio sucesso. É por isso que é cada vez mais comum esse movimento dos jovens líderes assumindo seus postos em muitas empresas por aí.



Por fim, chamo atenção para um detalhe e isso vale tanto para os jovens líderes, como para os profissionais mais velhos liderados por pessoas mais jovens. Conheci­mento é algo que quanto mais temos, mais percebemos que não temos. Ou seja, nunca sabemos tudo e todo e qualquer conhecimento que nos for dado deve ser recebido de bom grado. Por isso compartilhar o que sabemos pode ser bom para todos, independentemente de qual posição ocupamos e, principalmente, independentemente de qual posição o outro ocupa. Humildade é uma característica louvável e entender que sempre podemos aprender com quem está a nossa volta pode ser algo realmente gratificante e enriquecedor.



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TESTE

Dividirei as questões aqui para os jovens chefes e para os subordinados mais velhos.


1) Como chefe jovem. Você:

a) É o mais apto e capaz para liderar o grupo, no seu local de trabalho. Não precisa ficar ouvindo sobre como as coisas eram dez anos atrás. Os mais velhos têm de aprender o novo jeito de gerir empresas.
b) Gosta de ouvir conselhos dos subordinados e os leva em consideração. Saber mais sobre profissionalismo, comportamento e sobre o passo natural que as coisas têm é extremamente útil.


2) Como chefe jovem. Quanto a promoções e recompensas:

a) Tudo demora demais para acontecer. Você entrega os resultados e nada de crescimento, somente elogios. Ganhar parabéns não faz seu pé de meia...
b) Considera importante construir sua reputação com superiores e parceiros. Fazer ter um nome a ser respeitado e ganhar a recompensa pela credibilidade conquistada é o que mais vale a pena.


3) Como chefe jovem. Na questão técnica:

a) Considera os subordinados desatualizados tecnicamente. Afinal, têm de aprender mais sobre o “novo jeito de fazer as coisas”. Rápido, direto e com resultados palpáveis!
b) Acredita que é preciso manter um bom trabalho unindo a eficiência e rapidez da geração com o profissionalismo dos subordinados experientes.


4) Como subordinado. Você:

a) Acha um ultraje colocar uma pessoa inexperiente e imatura no comando de uma equipe. Afinal, erros de gestão podem fazer uma empresa perder muito dinheiro e até mesmo falir!
b) Confia na direção da empresa (em tê-lo eleito gestor) e no chefe jovem também. Profissionalismo e maturidade não têm nada a ver com idade.


5) Como subordinado. Acredita que:

a) Preferia que outra pessoa estivesse no lugar dele e que fosse alguém com mais experiência. Mesmo que não complete o que a empresa precisa, simplesmente prefere qualquer outra pessoa ao jovem.
b) A idade nada influi no que diz respeito ao conhecimento e capacidade de gestão de alguém. Afinal, nem todos nasceram para liderar e o que importa mesmo é o resultado.


6) Como subordinado. Ao ver que o chefe novo é mais jovem que você:

a) Fica com raiva e odeia a surpresa. Pensou que, por ter um ótimo desempenho no setor, você assumiria o cargo ao invés de alguém que é mais jovem veio de fora. Não se conforma com isso.
b) Procura entender por que ele foi a pessoa escolhida e não você. Com base nisso, pede um feedback ao superior dele sobre você para descobrir em que pontos você precisa melhorar para assumir uma posição semelhante.
Se você é o chefe jovem e marcou algumas da letra “A”, talvez seja hora de parar e reavaliar seu comportamento. Você pode ser arrogante e ignorante com você mesmo e com seus colegas. Se você é o subordinado mais velho e marcou algumas da “A”, não deixe que a emoção ultrapasse a sua capacidade racional. Sentimentos como inveja, ciúmes e raiva, no ambiente de trabalho, são totalmente inúteis. Analise sempre os fatos e nunca as aparências.

Fonte: CBN Curitiba - A rádio que toca notícia

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