Perfil Profissional

Curitiba, PR, Brazil
Administrador de Empresas com mais de 18 anos de experiência em cargos de gestão em grandes empresas nacionais e multinacionais, responsável pela gestão de equipes multi-funcionais, abertura de carteira de parceiros de negócios nos segmentos de Serviços e Comércios Varejista, Atacadista e Distribuidores, com alcance nacional, tendo negociado diretamente com grande número de empresas nestes segmentos. Comentarei neste blog notícias que possam interessar aos profissionais da área comercial, assim como eventuais oportunidades de negócio e tendências nos segmentos de Telecom e Varejo.

terça-feira, 3 de maio de 2011

Empresa é condenada por gerar expectativa de contratação.

Se a moda pega...

A expectativa de contratação de um trabalhador, que, mesmo após ter sido entrevistado e ter tido sua carteira de trabalho retida, não foi efetivado no cargo, foi motivo de condenação da Bioenergy Indústria e Comércio de Energia Alternativa Ltda. pela Justiça do Trabalho.



Ao rejeitar o recurso de revista da empresa quanto ao tema, a Segunda Turma do Tribunal Superior do Trabalho (TST) manteve a decisão do Tribunal Regional de Santa Catarina, assegurando o pagamento de indenização por danos morais de R$ 3 mil ao autor.


O contrato verbal que deu origem ao processo ocorreu entre um representante da empresa e candidato à vaga, quando se ajustou que o trabalhador exerceria a função de ajudante de caldeira na empresa Klabin, em Correia Pinto (SC), no período de 2008/2009. Após exames admissionais, ele foi considerado apto para o trabalho. Enquanto aguardava sua convocação, o autor afirmou ter recusado duas ofertas de emprego.


Como a empresa retardou a data do início de suas atividades, o trabalhador contatou o encarregado, que o encaminhou ao Setor de Recursos Humanos, onde obteve a informação de que o aguardavam para efetivar o contrato. Mas, para surpresa dele, sua carteira de trabalho, retida desde a promessa de contratação, foi devolvida em 17/12/2008, com a informação de que não mais seria admitido.


Sentindo-se injustiçado, ajuizou reclamação trabalhista e requereu reconhecimento do vínculo empregatício, recebimento de verbas rescisórias e os efeitos legais, além do FGTS e indenização por danos morais no valor de R$ 20 mil. A 1ª Vara do Trabalho de Lages (SC), porém, rejeitou seus pedidos, por entender não caracterizar dano moral o fato de o candidato passar por processo de seleção e não ser chamado para o emprego.


A 1ª Vara de Lages ressaltou que a situação "pode até aborrecer, desanimar, entristecer, mas não fere direitos da personalidade". Além disso, em reforço à tese de que o autor não sofrera dano moral, o juízo salientou que o trabalhador não comprovou ter recusado outras ofertas de emprego. A sentença foi contestada pelo autor em recurso ao Tribunal Regional do Trabalho da 12ª Região (SC).


Em seu exame, o Regional observou que, ao exigir a realização de exame admissional e reter a carteira de trabalho do autor por 16 dias, fato também confirmado por representante da Bionergy, criou-se grande expectativa de contratação no candidato.


"A culpa da empresa é presumida, porque o dano decorre da frustração injustificada da promessa de emprego", afirmou o Regional, que entendeu ser dispensável a prova do abalo sofrido pelo empregado para comprovação do dano moral. Com base na extensão do dano, na culpa da empresa e na situação econômica das partes, o Regional condenou a empresa a pagar indenização por danos morais de R$ 3 mil.


A Bionergy insistiu, no recurso ao TST, na violação à regra do ônus da prova (artigos 818 da CLT e 333, I, do CPC), porque o empregado não comprovou a ocorrência do abalo sofrido. Afirmou, ainda, não ter agido com dolo ou culpa, visto que houve apenas um ajuste para a contratação, que dependia de aprovação da matriz.


A Segunda Turma votou com o relator, ministro Guilherme Caputo Bastos, que rejeitou o recurso da empresa por concluir que a doutrina e jurisprudência majoritárias entendem que, "em se tratando de dano moral, que se refere a lesão a direitos da personalidade, inexigível a efetiva comprovação do prejuízo sofrido", bastando que se demonstre as circunstâncias do fato, nexo de causalidade e culpa ou dolo, que, para o relator, no caso, foram comprovadas.


( RR 35900-53.2009.5.12.0007 )

Fonte: Granadeiro Guimarães Advogados

segunda-feira, 2 de maio de 2011

Como usar o LinkedIn para buscar emprego - Guia do Currículo

Sede do LinkedIn
A procura de emprego no LinkedIn não se resume ao cadastro no site
São Paulo - As redes sociais representam, cada vez mais, uma ferramenta importante para profissionais que estão em busca de trabalho e para empregadores na caça de mão-de-obra qualificada.
O LinkedIn, rede social voltada especificamente para relacionamento profissional, é uma das principais opções para os candidatos (confira nas próximas páginas histórias de profissionais que conseguiram oportunidades de emprego e carreira com o auxílio do site). No entanto, não basta apenas abrir uma conta, é preciso saber aproveitar o que de melhor ela pode oferecer.Servem como aliado do candidato para chamar a atenção das empresas na tentativa de obter uma recolocação e, mais do que isso, facilitam o acesso a oportunidades de carreira que antes estavam escondidas, longe do conhecimento da maioria das pessoas à procura de oportunidades de emprego.
Gerenciar adequadamente as configurações do perfil é fundamental e faz toda a diferença para que as empresas consigam localizá-lo, conforme explica a consultora do LinkedIn, Danielle Restivo.
“Seu perfil no LinkedIn é uma das maneiras em que potenciais empregadores podem achá-lo. Uma das dicas é aumentar as chances do seu nome aparecer no topo dos resultados de busca da internet. Para tanto, é preciso personalizar a URL do seu perfil, colocando o primeiro nome e o sobrenome juntos, como uma palavra. Por exemplo, LucasMarchesini”, recomenda.
Segundo ela, também é importante que o perfil público do usuário do LinkedIn esteja visível para todos. “É possível se certificar disso, bem como fazer alterações na opção ‘Configurações’, posicionando o cursor sobre o nome, à direita no topo da página inicial”, explica.
Participar de grupos de discussão, como o Vagas de TI, também é muito útil. Além de verificar oportunidades, é possível trocar informações com outros profissionais.
Confira, a seguir, outras cinco dicas elaboradas pela consultora do LinkedIn:
1 - Destaque suas qualidades profissionais
Certifique-se de preencher as seções de resumo e experiência do seu perfil. Pessoas com pelo menos uma experiência profissional relatada têm 12 vezes mais chances de serem vistas para potenciais oportunidades.
Inclua palavras-chave e frases que os empregadores possam procurar na descrição do seu perfil.
2 - Esteja aberto a oportunidadesAdicione habilidades e não se esqueça de inserir uma foto. Profissionais com foto têm sete vezes mais chances de serem vistos. E receba recomendações de pelo menos três pessoas, como parte da conclusão do seu perfil.
Dentro de “Configurações”, vá em “Preferências de e-mail”, depois em “Selecionar os tipos de mensagem que você gostaria de receber” e se certifique que indicou que está interessado em “Oportunidades de carreira”, em “Consultas de emprego” e que gostaria de receber “Apresentações, InMail e mensagens da rede OpenLink” de outros membros do LinkedIn, de forma que eles possam entrar em contato com você sobre potenciais oportunidades. O seu e-mail e número de telefone estão disponíveis somente para seus contatos.
3 - Torne-se um seguidor
A seção “Empresas” permite seguir companhias em que está interessado. Quando você segue uma empresa no LinkedIn, fica por dentro de suas novidades, como novas contratações, promoções, mudanças na companhia e até mesmo oportunidades de trabalho. Siga companhias em que adoraria trabalhar e você começará a ver essas atualizações na sua homepage, quando acessar o LinkedIn.
Para tanto, clique em “Empresas”, no topo da página, e digite o nome da companhia, palavras-chave ou setor em que está interessado. Quando você encontrar a empresa, ao passar o cursor sobre a opção, aparecerá do lado direito “Seguir empresa”. É só assinalar.
Enquanto estiver na página da companhia, você também estará apto a ver se alguém da sua rede de contatos trabalha na empresa ou se conhece alguém de lá.
4 - Mantenha-se ativo
Há muitas coisas que você pode fazer no LinkedIn que o ajuda na busca por um emprego. Usar a rede de forma bem-sucedida é ser proativo. É importante construir um perfil no LinkedIn e garantir que você está conectado a pelo menos 50 pessoas conhecidas e de confiança. Porém, se você apenas visita o site para responder a mensagens ou pedidos de conexão, então está perdendo tudo o que a rede pode oferecer.
Relacione-se com recrutadores e responsáveis pelas contratações na sua área de atuação, para que seja facilmente lembrado quando ótimas oportunidades surgirem nas mesas deles. Você pode fazer isso por meio da “Pesquisa Avançada de Pessoas”, pelo assunto “recrutador” ou “gerente de RH”, ou ainda por outros cargos relacionados, além de poder restringir a busca pela área de atuação. Eis o link direto para esse tipo de busca:www.linkedin.com/search?trk=advsrch.
Deixe que sua rede seja seus olhos e ouvidos. Alerte seus contatos por meio de atualizações de status periódicas ou envie recados para antigos colegas de trabalho e chefes em quem confia, com mensagens personalizadas, avisando-os sobre quais os tipos de cargos lhe interessam. Tenha em mente que seus contatos só podem ajudá-lo a conseguir um emprego se você disser a eles o que você procura.5 – Informe seus contatos confiáveis que está à procura de trabalho
Profissionais contam como conseguiram emprego com ajuda do LinkedIn
Rafael Vieira, responsável pela área de Desenvolvimento de Negócios da E.Life:
Comecei a usar o LinkedIn no fim de junho de 2004, dois dias depois que colei grau. Recém saído da faculdade, enxerguei ali uma ferramenta para networking com aqueles com quem trabalhei e estudei.
Até então, considerava a rede apenas um meio de manter networking. Após terminar meu mestrado na Bélgica e decidir voltar ao Brasil, entrei em contato com uma amiga que trabalha na área de RH de uma grande empresa. Ela me disse que recebia currículos muito bons pelo LinkedIn, então comecei a explorar esse lado da ferramenta que ainda não tinha descoberto. Comecei a utilizá-la para procurar empregos, também.
Um dia, vi uma publicação no LinkedIn de uma vaga totalmente compatível com o meu perfil e com o que eu procurava no momento - uma startup que tivesse um modelo de negócio baseado em redes sociais. Assim que vi, respondi com uma Motivation Letter [também chamada de cover letter] e um currículo anexo na própria rede.
Cerca de três dias após o envio, recebi um e-mail do anunciante da vaga, no caso o CEO da empresa, me convidando para uma entrevista.
Após essa etapa, deram-me uma tarefa, que valia como um teste de meus skills para a vaga desejada, para ser entregue em cinco dias. Pouco mais de uma semana após a entrevista, recebi a proposta de emprego e aceitei.
Sempre fui um "early adopter" de novas tecnologias e de redes sociais. Ao conhecer o LinkedIn, rede social da qual faço parte desde abril de 2004, identifiquei um ótimo caminho para divulgação de perfis profissionais. Vejo-o como um “curriculum vitae vivo", com recomendações e informações mais completas.Daniel Checchia, gerente de Infra-estrutura na Psafe Tecnologia:
Sempre apostei na ferramenta como um dos canais para a procura de novas oportunidades, mas os empregadores, principalmente no Brasil, somente começaram a olhar o LinkedIn como um meio de busca de novos talentos em meados de 2008 e início de 2009, período em que notei que as oportunidades começaram a aparecer na rede.
Eu fui contratado por duas vezes por intermédio do Linkedin. No caso da empresa ZAP Internet, fui contratado após participação em um grupo de discussão sobre métricas de gestão de TI. Na oportunidade, apresentei o meu conceito e os tipos de métricas que eu já havia implantado. Havia um grupo de gestores participando, entre os quais o CIO da ZAP Internet, que estava em busca de um profissional. Após avaliar meu perfil, convidou-me para uma entrevista e acabei contratado.
No caso da empresa de segurança digital, PSafe Tecnologia, do grupo Xangô, eu tomei conhecimento durante uma participação em um grupo de discussão que havia a indicação de uma vaga para gerente de infra-estrutura no Rio de Janeiro – sou de São Paulo – em uma startup de tecnologia. Após responder ao anúncio, realizei duas entrevistas por telefone com o CEO e fechamos a contratação sem entrevistas presenciais.
Considero o LinkedIn uma ótima oportunidade de encontrar novas colocações e que irá crescer muito ainda no Brasil, à medida em que as áreas de RH sejam renovadas com pessoas da geração Y.
Camillo Di Jorge, country manager da operação da ESET Latin America no Brasil:
Em dezembro de 2008, tinha acabado de sair de uma empresa da área de software e estava buscando uma realocação interessante no mercado.
Já havia passado por empresas como IBM, Telefônica e Intelbras. Resolvi sondar oportunidades com calma, e, dentre as ferramentas disponíveis, decidi experimentar o LinkedIn.
O processo seletivo se desenrolou no decorrer dos próximos meses, envolvendo uma visita de um executivo da empresa ao Brasil em março daquele ano para conversar comigo. Fui convidado a fazer uma entrevista final em Buenos Aires, onde fica o escritório regional da empresa. A ESET é uma empresa eslovaca que oferece soluções de antivírus.Identifiquei um job post sobre Gerente Regional para o Brasil e me candidatei à vaga. Alguns dias depois, já em janeiro de 2009, recebi um e-mail do CEO da ESET para a América Latina, pedindo que eu preenchesse um formulário com algumas perguntas para o contato inicial.
Nessa visita, apresentei um estudo detalhado sobre o posicionamento do Brasil (dados econômicos e perspectivas) na América Latina e também informações sobre o mercado de antivírus no Brasil (competência, canais de vendas, modelo, etc.). A apresentação acabou respondendo previamente a todas as perguntas que eles iam me fazer na ocasião.
Dias depois, recebi a notícia de que havia conquistado a vaga. Isso foi em abril de 2009. Desde então, montamos o escritório no Brasil, fui promovido a country manager.
Considero minha experiência com o LinkedIn muito positiva. O site é uma importante ferramenta, pois permite contato direto entre empresa e contratante. O único problema é que algumas pessoas utilizam a plataforma com outras finalidades, como se fosse uma rede social comum, publicando mensagens de cunho pessoal e coisas do tipo, que acabam confundindo o propósito.
É importante manter o perfil atualizado, pois funciona como uma vitrine profissional, e as empresas estão sempre buscando perfis específicos. O contato pelo site aumenta as possibilidades de contratação, evita a intermediação por consultorias de emprego e permite encontrar perfis adequados à vaga.
Minha experiência é um exemplo de que as empresas multinacionais podem recrutar de forma mais dinâmica e direta no Brasil, tornando suas vagas bem acessíveis aos profissionais brasileiros. Para os candidatos, também é possível buscar vagas no exterior por meio da plataforma.